quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Idealismo.

Falas de amor, e eu ouço tudo e calo
O amor na Humanidade é uma mentira.
E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.

O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?

Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —

E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!

Augusto dos Anjos.

10 comentários:

  1. Aimagem se encaixou perfeitamente às palavras!

    beijos,

    Bia

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  2. A dimensão do amor é incomensurável...

    Pode tocar os pontos do infinito ou ficar simplesmente tombado e esmaecido...

    Bjgrande do Lago

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  3. Olá Lis

    Toda forma de sentimento e cultivo verdadeiro sempre nos traz calmaria... Se for cercada de mentiras... Grandes tempestades!

    Mestre o Augusto dos Anjos!

    Bjuxx e xerooo

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  4. Fiquei pensando: Como pode um post tão romântico, de Antoine de Saint-Exupéry, estar próximo de outro tão cético e racional? Só aqui no metamorfose...rs
    Ambos são bons. Cada qual, à sua maneira.
    Beijos carnavalescos!!!

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  5. poetas sempre sabem das coisas e eu vim saber o fim da piada...rs bjão

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  6. Lindo poema...diferente mas gostei .

    beijinhos
    Sonhadora

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  7. Uma boa semana para você!!

    Beijos,

    Bia

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Querido Lis,

    Falas de amor, e eu ouço tudo e calo
    O amor na Humanidade é uma mentira.

    ---
    Eis o silêncio como via de resposta às mentiras da humanidade.

    A propósito, os versos de Augusto dos Anjos são de uma perplexidade asfixiante.

    Adorei a "Serenata" de Cecília. Quem sabe um vira um post?

    Beijos,
    Inês

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