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Quando era pequeno estudei o primário num colégio chamado Oscar Thompson, localizado bem na esquina da rua do Lavapés com rua Luís Gama, do lado oposto à esquina da padaria. Em um prédio que posteriormente pegou fogo e mudou de endereço.
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Lembro que me disseram logo no 1° ano de escola que eu estava indo mal nos estudos, e que se não estudasse e passasse na prova final repetiria de ano. É verdade que eu nem sabia o que era repetir de ano com apenas 6 anos de idade, mas sabia que não deveria ser nada bom só pelo tom de voz da minha professora. E no fim estudei, e passei... Mas passei raspando, com nota perto de cinco e meio, e foi precisamente esse meio que me deu passe para o ano seguinte.
Seguinte em termos, porque o meu pai foi convocado para uma reunião com a minha professora que lhe expôs o meu delicado caso, dizendo-lhe: O seu lindo filho esteve mal o ano inteiro, e não sei o que aconteceu, mas não posso negar que ele passou para o ano segundo ano, raspando.
E sei que após aquela conversa, meu pai levou-me para uma sala vazia e perguntou-me se eu queria passar para o segundo ano, e nessa hora fiquei estonteado por nem ao menos saber do que se tratava o segundo ano. E pronto!! Repeti!! Repeti, porque meu pai disse para quem desejasse ouvir: Prefiro tem um filho bom de primeiro ano do que um ruim de segundo.
E lá fui eu de volta para oprimeiro ano descobrindo que não era nada bom ficar para trás, pois perdia os amigos de sala, voltava a ver toda aquela antiga matéria novamente, e sem contar a zombaria que gente espírito de porco fazia.
Mas tudo aquilo -no fim- foi bom, posto que acordei para a vida escolar, como quem acorda de um sono profundo... E à partir desse epsódio passei a ser constantemente o 1º aluno da classe.
E é muito gostoso ser o 1º aluno da classe, receber as melhores notas, os melhores elogios, os melhores prêmios, as melhores medalhas, as melhores menções honrosas. Pergunte a quem foi um dia o melhor aluno de classe ou da escola inteira se não é bom? rss
Os colegas sempre voltavam seus olhares para a minha pessoa, e quando havia concursos que envolvessem a escola inteira, eles até costumavam falar: Não sei por que concorrer, se ele vai ganhar mesmo. E o interessante é que eu ganhava mesmo. Ía com fé e alegria de ganhador.
Para você não pensar que estou mentindo, anexei um boletim com minhas notas obtidas no primário, e algumas menções honrosas nesta postagem. E ainda quero comentar que no último ano do curso primário ou seja no 4º ano, depois de ter recebido o meu diploma, a professora me chamou em sua própria casa e deu-me uma caneta tinteiro de presente, comprada com dinheiro dela, e na hora da entrega disse-me que a caneta era uma recompensa por ter sido o melhor aluno da classe, e o fato ocorreu fora de outros olhares.
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Podem até me chamar de Nerd, CDF, ou qualquer outra coisa.
No Brasil, chama-se CDF o indivíduo inteligente que se dedica muito aos estudos. Usa-se a sigla ou acrônimo "CDF" significando "Cabeça-de-ferro" ou "Crânio-de-Ferro" [2][3] devido aos extensos períodos que a pessoa fica estudando. O que é confundido por muitos com o Nerd, onde este pesquisa, estuda seu objeto de apreciação, e o CDF se concentra em matérias (Matemática ou Ciências, por exemplo).
O Fato é que EU GOSTO de ESTUDAR, e PRONTO.